Este artigo analisa as narrativas do jornal O Globo, publicadas entre 1 e 31 de julho de 2007, mês da realização dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro. O objetivo é a interpretação das representações da violência urbana, observando as diferentes apropriações e o seu reflexo no espaço público. Percebemos que a passagem de um megaevento tem o poder de movimentar a cidade e a mídia. Identificamos um paradoxo nas matérias analisadas. Narrativas opostas se entrelaçaram. A cidade foi representada como perigosa e insegura ao mesmo tempo em que as páginas ofereciam um Rio desejado por todos, seguro e feliz, cenário possível graças ao aumento do efetivo policial. Refletimos, também, sobre uma atmosfera de comunhão que paira sobre os megaeventos. Constatamos que O Globo se utiliza de uma dinâmica midiática que permite interromper o padrão das suas representações, admitindo vozes que despertam novos olhares sobre o Rio de Janeiro, especialmente quando a cidade é sede de um megaevento.

Clique aqui para visualizar este artigo completo

 

Referência:

FREITAS, Ricardo Ferreira; Vania Oliveira Fortuna. Cidade dos medos X Cidade dos sonhos: o paradoxo das representações do jornal O Globo durante o Pan no Rio de Janeiro. In: XXXII Intercom, 2009, Curitiba. Anais do 32º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Curitiba (Universidade Positivo). São Paulo: Intercom, 2009. p. 1-15.

Cidade dos medos X Cidade dos sonhos: o paradoxo das representações do jornal O Globo durante o Pan no Rio de Janeiro