Após a Copa do Mundo de 2014, muitas coisas em que acreditávamos deixaram de fazer sentido. Por exemplo, a “tragédia” de 1950, nosso grande mito fundador como “país do futebol” (um jogo do qual somente os mais velhos têm registros na memória), perdeu boa parte de seu potencial dramático quando comparada com a humilhante derrota por 7 × 1, a que assistimos incrédulos em 2014, ao vivo e em cores. A “mística da camisa amarela”, nossa crença em que “com brasileiro não há quem possa” e no destino manifesto de glórias reservado ao futebol do Brasil, passou a parecer infantilidade, pensamento mágico, ingenuidade. Naquele jogo, algo se quebrou para sempre.

Nesse campo de significados muito mais dinâmico e surpreendente do que supúnhamos, este livro representa uma tentativa de explorar este momento de transição, momento em que instituições e processos se transformam, e em que aquilo que virá a ser novo ainda não se mostra de modo claro.

Os trabalhos publicados neste livro foram apresentados em um evento organizado pelo Laboratório de Estudos de Mídia e Esporte (Leme), da Uerj, em setembro de 2014. Com a participação de pesquisadores/as de renome internacional, esta coletânea representa um importante passo para nós, pesquisadores/as do esporte, superarmos a estupefação do primeiro momento e passarmos a pensar os significados articulados ao futebol na identidade nacional brasileira sob esta nova perspectiva.

*Resumo do livro.

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Referência:

FREITAS, Ricardo Ferreira; LINS, Flávio; SANTOS, Maria Helena Carmo. Porto Maravilha: construção da narrativa do branding urbano para a cidade olímpica 2016. In: HELAL, Ronaldo; GASTALDO, Edison (Orgs.). Copa do Mundo 2014: futebol, mídia e identidades nacionais. 1ed.Rio de Janeiro: Lamparina, 2017, v. 1, p. 148-162.

Porto Maravilha: construção da narrativa do branding urbano para a cidade olímpica