Ruínas do presente pretende debater como as representações de requalificação do espaço urbano iluminam novas imagens e discursos sobre a cidade do Rio de Janeiro, nos períodos que compreendem os preparativos dos Jogos Olímpicos de 2016. A palavra ruína é empregada como forma de definir edificações velhas e abandonadas, sem uso e depreciadas pelo tempo. Com a grave crise financeira no Rio de Janeiro, esboçada antes mesmo da realização dos Jogos, entendemos que a revitalização da região portuária deixaria margens para interpretações críticas e contundentes. A tendência dos administradores, quase que globalmente, é atender às demandas do capital, que precisa cada vez mais diversificar seus investimentos e usar os espaços urbanos, para em curto prazo, ter retornos políticos e financeiros. Massimo Canevacci escreveu em A Cidade Polifônica: ensaio sobre antropologia da comunicação urbana, que o destino de toda obra arquitetônica é o de acabar em ruínas. (CANEVACCI, p.203, 1993).

A metodologia que pretendemos trabalhar vai nortear uma abordagem histórica das transformações da cidade do Rio de Janeiro que, desde quando a cidade deixa os aspectos coloniais, e entrar na “lógica” para atrair investimentos internacionais e uma nova imagem de capital. Para pesquisar o que chamamos de ruínas do presente após os Jogos Olímpicos, de 2016, consideramos como referencial teórico os autores: Abreu, Arantes, Canevacci, Freitas, Harvey, Vainer, Sanchéz, pensando a política, a cidade do Rio, a história, a antropologia urbana e a comunicação social. Analisando o comportamento da mídia, nos períodos de 2013-2016 que qualificou, em uma mão, a realização dos jogos e as pontuais transformações urbanísticas na região portuária e, em outra, desqualificou ao apontar os efeitos da crise.

Orientado por: Ricardo Ferreira Freitas

Desenvolvido por: Angelo Duarte

 

Ruínas do Presente