O objetivo desta pesquisa é investigar a produção de sentidos do Porto Maravilha após os Jogos Olímpicos de 2016 na cobertura jornalística dos principais portais de notícias do Rio de Janeiro. Utilizando como metodologia a Análise de Discurso, nos moldes propostos por Eni Orlandi (1999) e Kleber Mendonça (2007), concentraremos nossa análise nas reportagens veiculadas a partir de agosto de 2017, um ano depois das Olimpíadas. O estudo parte da hipótese de que o Porto Maravilha não aconteceu, visto que o projeto pretendia “revitalizar” a zona portuária do Rio de Janeiro para que a região fosse ocupada pela classe média e por empresas transnacionais. O jornalismo teve um papel central na construção de um imaginário e de um consenso sobre a inevitabilidade do Porto Maravilha para o resgate da autoestima e dos grandes negócios da cidade. Nesse sentido, torna-se necessária a problematização dos discursos midiáticos diante dos possíveis fracassos da “revitalização” como legado.

Orientado por: Ricardo Ferreira Freitas

Desenvolvido por: Vania Oliveira Fortuna

Rio do Porto Maravilha pós-olímpico: disputas simbólicas dos legados