É comum pessoas descreverem cidades sem nunca terem visitado pessoalmente algumas delas. Conseguem elaborar uma imagem de locais que conheceram por meio do jornalismo e da publicidade, por exemplo. Cidades turísticas podem ter representação por seus atrativos geográficos, históricos ou culturais. Atraem a atenção de leitores e, com isso, estão constantemente em evidência. No entanto, outros fatos noticiosos podem criar ou reconstruir a imagem de localidades de forma negativa. Episódios de violência contribuem para transformar, no imaginário coletivo, a percepção que as pessoas têm desses municípios. Notícias de casos de estupro em transporte coletivo, tumultos e depredação de bens públicos podem provocar nos leitores a sensação de não querer, sequer, conhecer determinada região. A pesquisa se propõe a analisar a imagem de duas capitais brasileiras, Florianópolis (SC) e Rio de Janeiro (RJ), a partir de informações apresentadas pela mídia em jornais de circulação nacional e por telejornais do considerado horário nobre na televisão por emissoras líderes de audiência. A intenção é a de conhecer a “nova face” das duas cidades por meio de análise de conteúdo de reportagens apresentadas nacionalmente a respeito delas. Considera-se nova face como a imagem institucional de seus governos, a imagem turística, a imagem de segurança (ou insegurança) reportada na imprensa nacional. Adotar-se-á análise de conteúdo para observar a imagem que está sendo projetada por veículos de comunicação a respeito das cidades em questão. Os veículos de comunicação selecionados para a análise são os jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo e os telejornais: Jornal Nacional, da Rede Globo, e o Jornal da Record. É na sobreposição da informação com o entretenimento que a força motriz da publicidade se manifesta. Chama-se a atenção, provoca-se o interesse, desperta-se o desejo e, assim, o consumidor (leitor, espectador, ouvinte, internauta) toma uma ação. Associar a imagem a valores positivos pode ajudar a melhorar uma imagem negativa. Entendendo que a propaganda institucional é uma ação integrada de relações públicas e publicidade, os governos devem se ver como empresas, organizações que precisam ser bem apresentadas em noticiários, pois a percepção do público garantirá a construção do imaginário coletivo.

Orientado por: Ricardo Ferreira Freitas

Desenvolvido por: Mônica Cristine Fort