O Rio de Janeiro recebeu megaeventos como a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016. Esses acontecimentos deram grande visibilidade ao Rio e cobraram sua adequação às exigências de organizações internacionais. Eles tiveram a capacidade de alterar o cotidiano da cidade, e trouxeram investimentos, turistas e empresas interessadas em divulgar seus negócios. Para receber esses megaeventos, a sede precisou criar um plano detalhado para diminuir a insegurança, se comprometendo a garantir a segurança antes, durante e depois desses eventos internacionais. A segurança seria deixada para os cariocas como um legado. De fato, foram investidos recursos em balões com câmeras que enviavam imagens das instalações esportivas e seu entorno, em softwares que ajudavam nos planejamentos da segurança pública e em treinamentos de agentes. Mas, mesmo depois dessas aquisições, a cidade presenciou um aumento nos índices de criminalidade. Sabendo disso, esse projeto de pesquisa tem o objetivo de estudar as narrativas sobre a violência na cidade do Rio de Janeiro após os megaeventos esportivos, focando nos seguintes crimes: homicídios dolosos; roubos de carga; roubos de celulares; roubos a ônibus e assaltos a pedestres. A escolha desses crimes como categorias de análise se deve ao aumento das ocorrências desses delitos na cidade, o que contribui para a sensação de insegurança de moradores e turistas. Nossa intenção é compreender melhor as representações da violência e do medo de cariocas e visitantes da cidade em relação a esses crimes. Para isso, trabalharemos com as matérias jornalísticas publicadas pelo jornal O Globo em 2018. As contribuições teóricas para essa pesquisa vêm de autores das teorias de comunicação e das ciências sociais.

Orientador por: Ricardo Ferreira Freitas

Desenvolvido por: Igor Lacerda

A violência no Rio de Janeiro após as Olimpíadas: estudo sobre as representações da violência no conteúdo do jornal O Globo em 2018